sábado, fevereiro 21, 2009

Olha, olha, olha a água mineral…

Na última sexta-feira, de manhã, fui obrigada a acordar com essa música. Ela simplesmente contagia a época do carnaval. Assim como ‘Sou praieiro’ agita qualquer bloco e avenida, ‘Água mineral’ não tem como faltar.

O meu carnaval foi muito bom. Como sempre dois dias no clube da cidade e mais um dia do bloco. É uma pena ter apenas uma vez por ano, mas é o suficiente pra não esquecer pelo ano inteiro. E, como boa brasileira, acredito que o ano começe apenas depois do carnaval.

Os próximos parágros que irei escrever são de um comercial antigo da skol, e pessoalmente um dos melhores até hoje que já fizeram sobre o verão. E, quando se fala em verão, não tem como deixar de mencionar esquecer o carnaval.

 

louis icart

“Ah, o verão. Dizem que é a estação da perdição. É porque é no verão que você faz tudo aquilo que vai contar para os seus netos, bisnetos e tataranetos um dia. Dormir de cueca, dormir de calcinha, é só no verão! Viajar pra montanha, pra cachoeira, pro balneário. É só no verão...

É no verão que o amor florece, o amor à preguiça, o amor ao sol ou até mesmo o amor a uma sirigaita. Ou a uma duzia de sirigaitas, porque não?

É no verão que você se apaixona, se desapaixona, briga, desbriga, se queima, se enche de areia e de micose. É no verão que você faz regimes de faquir, come coisas (e pessoas) estranhas, bebe coisas mais estranhas ainda, e, estranhamente, vomita coisas que você não bebeu e nem comeu.

É no verão, rapaz, que você se depila, mostra a marca da sunga e da academia. É nesta época do ano que você dorme cedo, acorda tarde, dorme tarde, acorda cedo, não dorme, não acorda, trepa de mais, se proteje de menos. É no verão que a lei da física perde a vigência, e os corpos se atraem na razão diretamente proporcional ao tesão acumulado durante o inverno, e, não raro, ocupam o mesmo lugar no espaço, ao mesmo tempo.

É no verão, que você bebe, bebe e bebe. E depois bebe mais um pouco. É exatamente no verão, e só no verão, que você se lembra que veio no mundo a passeio, e mais nada. Você se joga, se afoga, se perde da turma, perde o caminho de casa, perde o fígado, a virgindade, o dinheiro, a saúde, a moral e a vergonha. E acorda com a marca do óculos de sol na cara.

Seja otimista rapaz, é verão. Vai contar o quê para o neto? Que ficou jogando dominó? Não! Vai contar que pulou da pedra, comeu churrasco, deu cambalhotas, pegou sapinho, essas coisas que a gente só faz no verão.

Ah, o verão. O verão é agora, e tá redondo.

E você, vai contar o quê?’”

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